sexta-feira, 26 de abril de 2013

Das Naturezas da Vida

A vida é sempre vida:
Inteira, meia-vida, finda.
Ainda que não pareça,
Que cresça, floresça, pereça...
Cada um tem sua vida
E tantas outras... paralelas,
Adjacentes, concorrentes, coincidentes...


Um pouquinho de Arte e Geometria ("Reptiles", de M. C. Escher).



domingo, 21 de abril de 2013

Como um Barquinho no Oceano...



“Um navio não deve depender de uma só âncora,
nem a vida de uma só esperança”.
Sócrates





  Barquinho avistado lá das Pedras do Arpoador, RJ, 18/04/13.

         Um dia, um jovem marinheiro resolveu se aventurar pelo oceano. Sempre ouvira falar que o oceano era coisa para grandes embarcações e que seu barquinho jamais passaria da primeira tormenta.
 
         Esse jovem marinheiro não ligava muito para o que os outros falavam, pois a verdade é que, diante daquela infinita quantidade de água, ninguém queria se aventurar...

       Não demorou muito para que aquele marinheiro decidisse enfrentar o mar aberto e, com sua pequena e frágil embarcação, meter-se a navegá-lo.

       Preparou-se e, ao olhar para a linha do horizonte, seus olhos brilharam. Sua sensação era de completa pequenez, na praia, diante daquele mundo de água, mas seu espírito se engrandecia quando pensava que estava perto de concretizar seu desejo.

        No momento da partida, todos foram até o cais desejar-lhe boa viagem e boa sorte – pois não era muito normal alguém querer, de forma tão impetuosa, desbravar mares “nunca dantes navegados”.

         E lá se foi o jovem marinheiro, rumo ao infinito...

Fim de tarde nas Pedras do Arpoador, RJ18/04/13.

        Passaram-se muitos dias até que, numa manhã, alguns pescadores avistaram uma pequena embarcação se aproximando. Todos correram, até o cais, para ver quem era... E, surpreendentemente, lá estava o jovem marinheiro. Sua embarcação destruída e ele com muitos ferimentos. Porém, mesmo nessas condições, sentia-se feliz, pois conseguira navegar em alto-mar e, acima de tudo, sobrevivera às tormentas e tempestades, ao intenso calor... retornando à sua terra, seu porto seguro.

        A viagem não foi fácil. Solitário e, ao mesmo tempo, cercado por tanta água, o jovem refletiu sobre a sua vida. Em alguns momentos teve a certeza de que não suportaria a saudade das pessoas que tanto amava e que ficaram em terra firme. Quando caiu a primeira tempestade, achou que não teria força física para conter a embarcação... e, de forma inexplicável, conseguiu prosseguir com a sua aventura, que quase custou-lhe a vida. Pensou no valor da mesma, no significado de sua existência e em tudo que passara, vivera, sentira...

      O seu retorno ao cais não foi apenas físico, mas espiritual.  Após tantos acontecimentos, o jovem marinheiro passou a enxergar a vida de uma outra maneira, tirando, dessa experiência, inúmeras lições. De todas, a que ele considerou como mais importante: nunca deixar de lutar ao máximo por um ideal com o obejtivo de concretizá-lo.

        Em meio à solidão, pensou no quanto o amor e a amizade são imprescindíveis na vida de todo ser humano. Muitas vezes, ele se sentiu sem rumo, à deriva. A verdade é que, diante de uma tormenta, na vida, ele sempre pôde contar com um porto seguro, que o ajudava a não perder completamente sua direção, em momentos onde faltava-lhe o norte. Bem, seu cais, seu porto seguro, sempre foram sua família e seus verdadeiros amigos, que, ao longo do tempo, têm se revezado... ora cais, ora barquinho sem rumo... 



Fim de tarde nas Pedras do Arpoador , RJ, 18/04/13.


E assim se leva a vida... seguindo em frente, aprendendo, vivendo cada momento, rasgando oceanos na busca daquilo em que se acredita.

 

sábado, 13 de abril de 2013

O Beijo...

...pode ser rápido, demorado, um selinho, um beijo cinematográfico... quem sabe um beijo estalado, assanhado, envergonhado, um beijo roubado, o primeiro de uma série de vários, talvez o único...

Bem, não importa... o fato é que o beijo, em suas várias modalidades e momentos, é sempre carregado de muitos sentimentos e de muitos significados, desde o bem-querer à traição, porém nunca perde a sua essência que, por vezes, transcende a experiência física.





Hoje é o Dia Mundial do Beijo (ora vejam, instituíram uma data comemorativa para algo que não precisa ter dia e nem hora para acontecer). Já que a data existe, parei para pensar numa série de coisas, e lembrei que algumas imagens podem valer mais do que mil palavras (principalmente se ao invés de uma imagem, forem várias... uma compilação de beijos eternizados nas telas de um cinema censurado).

Compartilho a cena final de um filme que adoro: "Cinema Paradiso", de Giuseppe Tornatore (1989), que traduz, em imagens, todo o vigor do beijo...



Nada comparado a beijar, de fato... Então, VAMOS BEIJAR!...


Beijos, beijinhos, beijocas, beijões! SMACK! :-*