domingo, 29 de setembro de 2013

Feliz Bodas de Cobre!

Desde a infância, estamos acostumados a ouvir histórias de amor com finais felizes... histórias que terminam em "felizes para sempre". Em geral essas histórias só parecem existir nos livros, nas histórias que fazem parte do nosso adormecer... e parece que, depois que crescemos, percebemos que o mundo não é exatamente assim, como contam os livros. Em algum momento chegamos a acreditar que nunca, na nossa vida, nos depararemos com histórias como aquelas... Bem, as histórias da vida real podem não ser exatamente iguais àquelas dos contos de fadas, mas podem, sim, ser lindas... belas histórias de amor... e essas histórias podem acontecer bem próximas de nós.

Hoje o Vovô e a Vovó completam 61 anos de casados. Claro que não poderíamos deixar de nos reunir para comemorar essa união, que perdura até hoje, com algumas gerações presentes (filhos, netos e bisneta).

 29 de Setembro de 1952.

Sempre converso com o meu Avô e a minha Avó, querendo saber um pouco mais da história deles... e entendo que também é uma maneira de fazê-los exercitar sua memória.

Desde a semana passada, por conta da proximidade da data, tenho tentado colher algumas informações a mais, para escrever... mas sei que ainda há muito para eles relatarem. Vou deixar registrado, aqui, uma parte dessa linda história de amor.

Meu Avô conheceu a minha Avó em 1939, quando ele e sua família foram morar em Dourado, interior paulista, bem no centro do estado de São Paulo. Ele tinha 13 anos e a minha Avó, 10. Foram vizinhos por algum tempo... em tempos de muito trabalho. A minha Avó tomava conta da Nona e dos afazeres da casa. Meu Avô trabalhava na roça, plantando, colhendo algodão... uma infância nada parecida com a dos tempos atuais. Aliás, tanto o meu Avô quanto a minha Avó dizem que aqueles eram outros tempo... tempos difíceis... mas, também, tempos felizes.

Em 1942 o meu Avô veio para a Capital. Quatro anos depois foi a vez da minha Avó vir para São Paulo. Foi nesse ano que, segundo o meu Avô, começaram a namorar. Eles moravam bem próximos, na Mooca.

E em 1952 eles oficializaram o amor existente entre eles. Desde então, nunca se separaram. Ao longo desses anos de união, nasceram cinco filhos... duas meninas acabaram não resistindo, mas três estão aí, firmes e fortes: o Tio Zé, a minha Mãe (Lourdes) e o Tio Luis. 

 A Noiva mais linda de 1952.

Daí o Tio Zé encontrou a Tia Neusa e nasceu a Suellen. O Tio Luis encontrou a Tia Célia e nasceu a Mariana. A minha Mãe encontrou o meu Pai (João) e nasceram eu e o meu irmão, Danilo, que encontrou a Ediléia e nasceu a Camila...

A casa cheia é sempre motivo de alegria para o meu Avô e para a minha Avó, especialmente aos domingos... dia de macarronada... dia de jogo... dia de tomar café da tarde com aquele bolão feito pela Vó...



Sei que já escrevei isso, anteriormente, mas penso que seja muito pertinente à data: há muitas coisas que buscamos, ao longo da nossa vida, e penso que encontrar aquela pessoa que faça profundo e real sentido à nossa vida é certamente uma dessas grandes buscas. Ter alguém com quem contar para o que der e vier; que tope qualquer parada; que compartilhe seu tempo, seus projetos; que tolere as diferenças existentes e saiba conviver com elas; que respeite; que seja mais do que um amigo(a)... um grande companheiro(a)... um grande amor... E essa busca caminha com outra grande busca: a busca pela felicidade... e a felicidade, numa vida a dois, penso que está nas coisas mais simples, em alguns detalhes que beiram segredos... coisas que só a vida a dois proporciona. As diferenças, as discussões, as pirraças... tudo isso faz parte da vida a dois, assim como o carinho, as noites veladas, os sonhos compartilhados, as alegrias vividas... Meu Avô e minha Avó não conseguem ficar um minuto sequer longe, um do outro... estão sempre cuidando um do outro, provando diariamente o amor que há entre eles.



 Aniversário de 87 anos do Vô.

Que seja sempre assim e que essa linda história, de tanta luta e tanto amor, nos sirva de exemplo e nos inspire!


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ah! O Amor...



Há muitas coisas que buscamos, ao longo da nossa vida, e algumas delas traduzem-se em sonhos que podem ou não se realizar. Penso que encontrar aquela pessoa que faça profundo e real sentido à nossa vida, certamente, é uma das grandes buscas... afinal ter alguém para contar com o que der e vier; que tope qualquer parada; que compartilhe seu tempo, seus projetos; que tolere as diferenças existentes e saiba conviver com elas; que respeite... que seja mais do que um amigo... um grande companheiro... um grande amor... é uma grande busca que caminha junto com outra grande busca: a busca pela felicidade.

Na última sexta-feira, 29/08/13, li, em todos os jornais, a notícia sobre o sucesso da música que Fred Stoubagh, de 96 anos,  fez para a sua mulher, Lorraine, um mês após seu falecimento... após  quase 73 anos casados e 75 anos juntos... Bem, eu já não conto mais com todo esse tempo, para viver um tão duradouro amor, mas certamente espero encontrá-lo em algum momento... aquele momento em que o mundo parece parar, aquele momento em que os olhares se cruzam e temos a certeza de que aquela é a pessoa que nos fará feliz pelo resto do nosso tempo de vida... E a felicidade, numa vida a dois, penso que está nas coisas simples, em alguns detalhes que beiram segredos... coisas que só uma vida a dois proporciona.

Quando vi o vídeo, confesso que me emocionei e isso me moveu a escrever essas palavras. Talvez sejam palavras utópicas, ideias e ideais que fogem à realidade, mas não há como assisti-lo, ouvir essa singela música e acreditar que, sim, esse verdadeiro amor existe e não está registrado apenas em livros de contos de fadas. A exemplo de uma história semelhante, tenho, perto de mim, meu Avô e minha Avó que estão prestes a completar 61 anos de casados e se conhecem há 72 anos. As diferenças, as discussões, as pirraças fazem parte da vida deles e eles não conseguem ficar um minuto sequer longe um do outro, cuidando um do outro, provando diariamente o amor que há entre eles. Quando assisti esse vídeo, imediatamente veio a minha mente a figura do meu Avô e da minha Avó (e eles terão um post especial no próximo dia 29). 


 Conheça um pouco mais da história de Fred e Lorraine!


...E é assim que inicio o mês de setembro... o mês da Primavera... e "a Primavera é a estação do amor"*...





Oh, Sweet Lorraine
I wish we could do all
The good times over again
Oh, Sweet Lorraine
Life only goes around
Once but never again
Oh, Sweet Lorraine
I wish we could do
All the good times over again
The good times, the good times
The good times, all over again
The good times, the good times
The good times, all over again
But the memories always
Linger on
Oh, Sweet Lorraine
No, I don't wanna move on
Oh, the memories always
Linger on
My Sweet Lorraine,
That's why I wrote you this song
Oh, Sweet Lorraine
I wish we could do all
The good times over again
Oh, Sweet Lorraine
Life only goes around
Once but never again
Oh, Sweet Lorraine
I wish we could do
All the good times over again
The good times, the good times,
All the good times, all over again

*"O Rio amanheceu cantando
Toda cidade amanheceu em flor
E os namorados vêm para a rua em bando
Porque a primavera é a estação do amor" 
Braguinha -  "Primavera no Rio"