Hoje o Vovô e a Vovó completam 61 anos de casados. Claro que não poderíamos deixar de nos reunir para comemorar essa união, que perdura até hoje, com algumas gerações presentes (filhos, netos e bisneta).
29 de Setembro de 1952.
Sempre converso com o meu Avô e a minha Avó, querendo saber um pouco mais da história deles... e entendo que também é uma maneira de fazê-los exercitar sua memória.
Desde a semana passada, por conta da proximidade da data, tenho tentado colher algumas informações a mais, para escrever... mas sei que ainda há muito para eles relatarem. Vou deixar registrado, aqui, uma parte dessa linda história de amor.
Meu Avô conheceu a minha Avó em 1939, quando ele e sua família foram morar em Dourado, interior paulista, bem no centro do estado de São Paulo. Ele tinha 13 anos e a minha Avó, 10. Foram vizinhos por algum tempo... em tempos de muito trabalho. A minha Avó tomava conta da Nona e dos afazeres da casa. Meu Avô trabalhava na roça, plantando, colhendo algodão... uma infância nada parecida com a dos tempos atuais. Aliás, tanto o meu Avô quanto a minha Avó dizem que aqueles eram outros tempo... tempos difíceis... mas, também, tempos felizes.
Em 1942 o meu Avô veio para a Capital. Quatro anos depois foi a vez da minha Avó vir para São Paulo. Foi nesse ano que, segundo o meu Avô, começaram a namorar. Eles moravam bem próximos, na Mooca.
E em 1952 eles oficializaram o amor existente entre eles. Desde então, nunca se separaram. Ao longo desses anos de união, nasceram cinco filhos... duas meninas acabaram não resistindo, mas três estão aí, firmes e fortes: o Tio Zé, a minha Mãe (Lourdes) e o Tio Luis.
A Noiva mais linda de 1952.
Daí o Tio Zé encontrou a Tia Neusa e nasceu a Suellen. O Tio Luis encontrou a Tia Célia e nasceu a Mariana. A minha Mãe encontrou o meu Pai (João) e nasceram eu e o meu irmão, Danilo, que encontrou a Ediléia e nasceu a Camila...
A casa cheia é sempre motivo de alegria para o meu Avô e para a minha Avó, especialmente aos domingos... dia de macarronada... dia de jogo... dia de tomar café da tarde com aquele bolão feito pela Vó...
Sei que já escrevei isso, anteriormente, mas penso que seja muito pertinente à data: há muitas coisas que buscamos, ao longo da nossa vida, e penso que encontrar aquela pessoa que faça profundo e real sentido à nossa vida é certamente uma dessas grandes buscas. Ter alguém com quem contar para o que der e vier; que tope qualquer parada; que compartilhe seu tempo, seus projetos; que tolere as diferenças existentes e saiba conviver com elas; que respeite; que seja mais do que um amigo(a)... um grande companheiro(a)... um grande amor... E essa busca caminha com outra grande busca: a busca pela felicidade... e a felicidade, numa vida a dois, penso que está nas coisas mais simples, em alguns detalhes que beiram segredos... coisas que só a vida a dois proporciona. As diferenças, as discussões, as pirraças... tudo isso faz parte da vida a dois, assim como o carinho, as noites veladas, os sonhos compartilhados, as alegrias vividas... Meu Avô e minha Avó não conseguem ficar um minuto sequer longe, um do outro... estão sempre cuidando um do outro, provando diariamente o amor que há entre eles.
Aniversário de 87 anos do Vô.
Que seja sempre assim e que essa linda história, de tanta luta e tanto amor, nos sirva de exemplo e nos inspire!
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