terça-feira, 20 de maio de 2014

Meus sentimentos rasgam o silêncio da madrugada,
Rompem barreiras, trincheiras, barricadas...
Contradizem a razão, enganam o coração...
Confundem o que é real com o que é ilusão...

Na escuridão da noite, meus pensamentos clareiam...
Brilham, reluzem, iluminam-se, relampeiam...
São sinapses  que ocorrem a cada batida do coração...
É como se o cérebro estivesse do lado esquerdo do peito, sem qualquer distinção...

Segue a noite, madrugada a dentro, fria...
Solenemente vem surgindo o novo dia
E surgem, também, novas expectativas...

As velhas expectativas perdem-se com o passado...
Algumas delas são como versos de um poema inacabado,
Mas servem de inspiração para os versos de uma nova poesia...




"O Silêncio das Estrelas" - Lenine (uma música para dar mais vida aos meus versos...)



O Silêncio das Estrelas - Lenine

Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro, afinal?

Um sinal, uma porta pro infinito, irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais, de mais
Afinal, feito estrelas que brilham em paz, em paz

Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

Um sinal, uma porta pro infinito, irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Por quê?

Por que as coisas são como são?
Por que a mente sufoca o coração?
Por que o sono insiste em não vir?
Por que temos tantos deveres para cumprir?

Por que nos desencontramos tanto?
Por que nos perdemos num infinito pranto?
Por que não podemos viver nossa vida?
Por que a nossa história deve ser esquecida?

Sim, a razão sempre lembra-nos
Que o coração deve permanecer quieto, calado...
E assim ele segue, sutil e inutilmente machucado...

Quem dera tivéssemos nos encontrado num outro tempo desse mesmo espaço...
Seríamos felizes, sem medos, questionamentos, sofrimentos...
Por quê? Porque viveríamos entregues aos nossos mais puros sentimentos.